Uma organização criminosa especializada em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entrou na mira da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (13). A ação “Operação Recupera” cumpreseis mandados de busca e apreensão em Florianópolis, Tubarão, além de cidades do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado é de R$ 3 milhões.
De acordo com as investigações, as fraudes começaram em 2018, com a concessão indevida de benefícios assistenciais e previdenciários por meio da inserção de dados falsos nos sistemas informatizados da Caixa Econômica Federal. As infrações eram conduzidas por funcionários e ex-funcionários do banco, que se valiam de seus acessos para viabilizar as fraudes.
As investigações apontam que quatro ex-servidores da instituição realizaram comprovações de vida fraudulentas de pessoas fictícias ou já falecidas, emitiram segundas vias de cartões de beneficiários inexistentes e autorizaram pagamentos irregulares. Além disso, utilizaram documentos adulterados para habilitar benefícios e atuaram de forma sincronizada na inserção de dados falsos no sistema informatizado.
Parte dos investigados, segundo a PF, já havia sido demitio por condutas semelhantes, mas continuou operando o esquema mesmo após o desligamento, em 2022. Por meio de terceiros, eles faziam saques mensais de ao menos 17 benefícios fraudulentos que ainda estavam ativos.
A ação conta com o apoio do Ministério Público Federal e da Caixa Econômica Federal. Além dos mandados de busca e apreensão, a PF cumpre medidas de bloqueio e indisponibilidade de bens no valor correspondente ao prejuízo estimado.
Os investigados poderão responder por crimes como organização criminosa e peculato eletrônico. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e recuperar os recursos desviados.