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Pesquisa aponta que 1 a cada 83 brasileiros é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista

Perfis da doença podem incluir desde dificuldades leves de adaptação até quadros mais complexos.

Pesquisa aponta que 1 a cada 83 brasileiros é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista
Foto: Freepik

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente conhecido como autismo, é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por desafios persistentes na comunicação social e pela presença de comportamentos repetitivos, padrões restritos de interesse e particularidades sensoriais, com início precoce e grande variabilidade clínica entre indivíduos. 

No Brasil, os resultados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificaram 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de autismo, correspondendo a 1,2% da população, ou aproximadamente 1 em cada 83 pessoas.

Na faixa etária de 5 a 9 anos, a prevalência é de 2,6%, o que equivale a 1 em cada 38 crianças. Os dados reforçam a importância do tema e convidam a sociedade a olhar com empatia, atenção e cuidado para crianças e famílias atípicas.

Hiago Melo, psicólogo e doutor em neurociências explica que a literatura reforça que não há um único perfil de autismo, mas um amplo espectro de apresentações que pode incluir desde dificuldades leves de adaptação até quadros mais complexos.

Segundo o especialista, que também, é diretor técnico-científico da NeuroSteps, empresa especializada na gestão de terapias e atendimento a crianças com TEA, a compreensão dessa diferença é hoje um dos elementos centrais para orientar diagnósticos mais precisos, intervenções adequadas e terapias com impacto real no cotidiano das pessoas autistas.

1. Existe uma dose ideal de terapia para todas as crianças — Mito

A procura crescente por programas intensivos de intervenção reflete um movimento global em busca de melhores oportunidades de desenvolvimento para crianças com TEA. No entanto, especialistas alertam que a simples expansão de horas de atendimento não assegura melhores resultados clínicos.

"A efetividade da intervenção está diretamente associada à qualidade técnica, à adequação metodológica e à clareza dos objetivos funcionais de cada criança", explica Hiago

2. Cada profissional pode trabalhar de forma independente — Mito

Quando profissionais de diferentes áreas atuam sem coordenação, surgem inconsistências metodológicas, menor generalização das habilidades e sobrecarga para as famílias. O diretor da NeuroSteps explica que a recomendação internacional é que saúde, educação, assistência social e cuidadores atuem em parceria articulada, com comunicação contínua e compartilhamento de objetivos terapêuticos.

3. Se o tratamento está em andamento, não precisa mudar — Mito

Outro ponto fundamental envolve o monitoramento de resultados clínicos. A literatura científica destaca que o acompanhamento apenas anual não oferece informações suficientes para ajustes terapêuticos eficientes em programas intensivos. "A avaliação deve ser sistemática, com acompanhamento frequente de indicadores objetivos, permitindo ajustar estratégias e otimizar os esforços de aprendizagem", reforça Hiago.

4. A participação da família aumenta os resultados terapêuticos — Verdade

Para o psicólogo, é consenso que a participação ativa da família potencializa os resultados, já que grande parte dos avanços relevantes ocorre fora do consultório ou da sala de atendimento. Segundo o especialista, quando responsáveis são orientados e apoiados para implementar estratégias no cotidiano, observa-se maior progressão na comunicação funcional, no repertório adaptativo e na autonomia da criança.

5. O objetivo principal da terapia é apenas reduzir sintomas — Mito

O foco atual não está apenas na redução de sintomas, mas no desenvolvimento de competências essenciais para o bem-estar: autonomia, inclusão escolar e comunitária, participação social e possibilidade de que a criança desenvolva seu potencial de forma plena ao longo da vida.

As evidências apontam para um novo padrão de cuidado em TEA, baseado na articulação entre a intensidade dos serviços e o rigor metodológico na aplicação das práticas que possuem respaldo científico.

"Para que as intervenções gerem impacto real, é fundamental garantir fidedignidade na execução dos programas terapêuticos, supervisão especializada contínua, protocolos bem estruturados e integração entre equipes multidisciplinares", explica Hiago.

Oeste Mais 

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