A equipe colorada teve um gol anulado por um impedimento polêmico no primeiro tempo. Mas isso à parte, o rebaixamento é uma realidade a ser enfrentada.
Foram três mudanças na defesa na comparação com a equipe de sábado passado (27/9), contra o Juventude. Os suspensos da rodada anterior, Aguirre, Juninho e Bernabei voltaram à equipe, compondo o sistema com Vitão.
De resto, os mesmos atletas foram escalados por Ramón Díaz, que teve no banco os retornos de Thiago Maia e Bruno Gomes (este, ausente desde a primeira partida do Gauchão, quando rompeu o ligamento do joelho).
No Corinthians, Dorival Júnior mexeu bastante, especialmente no meio-campo, optando por Hugo, Raniele e Ryan para compor o setor ao lado de Breno Bidon.
Pressão antes da decepção
O Inter começou pressionando. No primeiro minuto, deixou de abrir o placar. Bernabei foi disputando palmo a palmo com Matheuzinho, cavando espaço, ganhando divididas até conseguir cruzar. A bola desviou na defesa e caiu no pé de Alan Patrick, que chutou para fora.
Aos três, Luis Otávio arriscou de fora da área e Hugo Souza se esticou para espalmar para escanteio. Aos quatro, Alan Patrick bateu de longe e o goleiro defendeu novamente.
Carbonero buscou o gol de diferentes formas, mas não obteve sucesso.
E depois de tanto criar, viu se repetir uma cena antiga no Beira-Rio. O primeiro ataque do Corinthians, iniciado na esquerda com Ryan e chegando à direita com Matheuzinho, teve um cruzamento perfeito do lateral, na cabeça de Gui Negão, que, sozinho, apenas deslocou Anthoni: 1 a 0 aos 10 minutos.
A desvantagem, no 15º jogo seguido levando gol, enervou o Inter. Sem conseguir reagir, passou a errar passes e ver o Corinthians reduzir o ritmo, fazer cera e ganhar tempo.
E escapou de levar o segundo aos 16 minutos. Hugo foi lançado às costas de Aguirre, entrou na área e chutou por baixo de Anthoni. O gol foi validado no campo, mas anulado após revisão no VAR.
Logo depois da anulação, o Inter teve uma chance clara. Alan Patrick cobrou falta para a área e Luis Otávio se atirou para completar, mas errou. E na sequência, Borré ganhou de Angileri, entrou na área e serviu Carbonero, que não dominou.
Aos 40 minutos, o Inter empatou o jogo. Alan Patrick cobrou falta rasteira e Romero bateu de primeira, Hugo Souza não alcançou. Após três minutos, o VAR chamou o árbitro, que reviu o lance e considerou que Luis Otávio, sem tocar a bola, teria participado do lance. O gol foi anulado, causando indignação no Beira-Rio.
Reação no fim
No intervalo, Ramón Díaz mexeu no time. Ele tirou Romero e colocou Mercado. O Inter passaria a ter três zagueiros, o que, em tese, daria liberdade para os avanços de Bernabei e Aguirre.
O lateral-direito criou uma chance, de certa forma involuntária, aos cinco. Ele se antecipou pelo lado, avançou e foi cruzar, mas pegou mal e quase surpreendeu Hugo Souza.
Chute, mesmo, só aos nove minutos. Borré ganhou da defesa e cruzou, a zaga afastou e Carbonero bateu de primeira, Hugo Souza pegou sem rebote.
Sem reação, Ramón Díaz mexeu na equipe na metade da segunda etapa. Ele tirou Luis Otávio e Alan Patrick para colocar Thiago Maia e Ricardo Mathias.
O Inter tinha controle e até, vá lá, iniciativa. Mas pecava na construção e na presença na área. A bola ia para lá, mas ninguém completava.
Aos 33, as últimas fichas de Ramón Díaz. Bruno Gomes, de volta após nove meses, e Bruno Tabata entraram nos lugares de Borré e Aguirre.
Nenhuma das trocas mudou o panorama do jogo. O Inter não teve nem sequer uma conclusão no segundo tempo até os 51 minutos. Em um lateral para a área, Gustavo Henrique segurou a camisa de Bruno Henrique na área. Era, literalmente, a última jogada da partida. Carbonero assumiu a responsabilidade e, aos 56 minutos, marcou o gol de empate.