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Trombose em pacientes com câncer: entenda relação e fatores de risco

Médico hematologista esclarece dúvidas sobre ocorrência de tromboembolismo, 2ª maior causa de morte em pacientes oncológicos

Trombose em pacientes com câncer: entenda relação e fatores de risco
Foto: Freepik

O tromboembolismo venoso é uma das principais complicações que podem acometer pacientes oncológicos, sendo a segunda maior causa de morte entre esses indivíduos e ficando atrás somente do próprio câncer. Apesar da gravidade e alta incidência, muitas pessoas ainda desconhecem os fatores de risco da trombose, os principais sinais clínicos e formas de prevenção.

Daniel Dias Ribeiro, médico hematologista, doutor em Epidemiologia Clínica pela Leiden University Medical Center, na Holanda, explica que a trombose ocorre quando o sangue coagulado, denominado trombo, acaba obstruindo a passagem sanguínea no corpo humano. O tipo mais comum de trombose é a trombose venosa profunda (TVP), que costuma se manifestar nos membros inferiores e causa inchaço, vermelhidão e calor no local afetado.

Ribeiro esclarece que, em determinados casos, o trombo pode se desprender e se deslocar através da circulação sanguínea até uma das artérias do pulmão, causando a embolia pulmonar. Os sintomas são falta de ar, dor no peito ao tossir ou inspirar profundamente e palpitações, sendo uma das causas mais frequentes de morte súbita.

Os fatores de risco para a trombose incluem o uso de anticoncepcionais orais com estrógenos, cirurgias, obesidade, sedentarismo, hipertensão, diabetes e idade avançada. "Além desses fatores, pacientes com câncer devem ficar ainda mais atentos aos sintomas da trombose, uma vez que cerca de 20% a 30% dos casos da doença acometem pacientes oncológicos", afirma o médico hematologista.

De acordo com o profissional, isso ocorre pois o paciente com câncer apresenta maior probabilidade de desenvolver distúrbios de coagulação. Além disso, o tipo de tumor e o tratamento implementado podem influenciar no risco de desenvolvimento de trombose.

"Casos de tromboembolismo costumam ser mais frequentes em pacientes com câncer de pâncreas, intestino, cérebro e pulmão. Alguns quimioterápicos também podem aumentar o risco de complicações vasculares", aponta.

A trombose em pacientes com câncer pode causar internações e atrasar o tratamento oncológico. Por isso, Ribeiro ressalta que a trombose é uma doença prevenível, podendo ser evitada a partir da adoção de um estilo de vida saudável, com prática de exercícios e alimentação balanceada. "No caso do paciente com câncer, o médico deve avaliar a necessidade de utilizar outros medicamentos para prevenir a ocorrência de trombose", afirma.

O tratamento da trombose é realizado com base no uso de anticoagulantes, que impendem a formação de novos trombos nas veias sanguíneas. Segundo o médico hematologista, é essencial que pacientes com câncer, seus acompanhantes e a sociedade como um todo tenham conhecimento dos fatores de risco e sinais clínicos da trombose, pois pode auxiliar no diagnóstico rápido e tratamento da doença.

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