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TRISTEZA DE FIM DE ANO
Para muitos, esta época do ano, com a proximidade do Natal e virada de ano, é motivo de alegria. No entanto, várias pessoas ficam deprimidas, tristes e melancólicas - principalmente no Natal.
Acompanhei um vídeo sobre o assunto com o psiquiatra Fernando Fernandes. Ele também é professor e atua como palestrante profissional nas áreas de psiquiatria e psicofarmacologia. De acordo com o renomado profissional, a denominada “tristeza de fim de ano” ocorre por quatro motivos. Ele também repassa dicas para superá-los.
Primeiro fator
Sobrecarga de compromissos e entregas. Talvez este seja o motivo mais concreto e prosaico que acomete à maioria das pessoas. É uma época de finalizar trabalhos, realizar entregas e ‘passar a regra’ no ano que está findando e já projetando o próximo. Isso coincide com compromissos não apenas profissionais, mas, também, sociais e com os preparativos familiares para os festejos e confraternizações. Tudo isso pode nos sobrecarregar, pois, obviamente, afetará nosso emocional.
Para lidar com a situação, é preciso se programar, estabelecer prioridades e, principalmente, negar alguns compromissos. Não precisamos estar disponíveis para tudo e para todos, principalmente nesta época do ano.
Segundo fator
Muitas vezes as pessoas elegem este momento do ano para reavaliar planos e metas. Diante disso, cobram-se demasiadamente e se sentem estagnadas ou fracassadas por não ter atingido os objetivos e metas que elas próprias estabeleceram. Como consequência ocorre uma cobrança muito exacerbada e uma elevada depreciação.
É comum e até saudável proceder desta forma, de nos avaliar. O problema está em como nós tratamos a nós mesmos após fazermos essa avaliação. Nesses casos, a pessoa, quando se sente deprimida pelo fato das coisas não terem acontecido conforme o planejado, deve aconselhar a si mesma, com profunda sinceridade, como faria se alguém estivesse na mesma situação e lhe pedisse seu conselho.
Terceiro fator
Viés de memória. É algo muito importante que está no psiquismo de todos. Ninguém está livre deste viés. Cada qual, com sua peculiaridade, vai registrar na memória eventos passados de uma maneira singular.
Digamos que, por exemplo, dez pessoas vivenciaram a mesma experiência. Depois de um tempo cada uma relata o que aconteceu. Nenhum será igual. Isso por que as memórias são diferentes devido a nosso temperamento, personalidade e afetos.
Um outro fator importante que influencia bastante é o tempo. Muitas vezes, nesta época do ano, temos recordações que no passado as coisas foram muito melhores, mais singelas e puras e, especialmente, mais felizes.
É natural e saudável preservarmos nossas memórias mais afetuosas. Registramos os fatos do passado como muito melhores que foram de fato. Aí a pessoa analisa a realidade atual e se questiona: Por que tudo não pode ser como foi? Muitos vivem essa memória de maneira nostálgica e dolorosa.
Até na literatura isso está contemplado, num verso de Machado de Assis, quando ele discorre sobre o Natal e no final conclui: Mudou o Natal ou mudei eu?
Essa tendência que temos de olhar para o passado, como se as coisas tivessem sido muito melhores e que vivemos momentos maravilhosos, faz com que olhamos para o nosso presente sem brilho, sem entusiasmo, pensando que no passado tudo era melhor.
Se isso acontecer, pense que este é o momento para criar boas recordações para ter no futuro. Então não tenha medo de inovar, estabelecer novos relacionamentos, rituais, celebrações. Em resumo: Permita-se ser feliz.
Quarto fator
Saudades de pessoas que não estão mais ao nosso lado. Isso afeta muita gente. Não podemos ficar apenas no sentimento de uma saudade dolorosa.
Precisamos transformá-lo em uma celebração da memória e da vida dessa pessoa para conosco nos bons momentos que passamos com ela, como o próprio Natal.
Na foto: A exímia professora de piano Leila G. H. de Oliveira e seus alunos realizaram, no requintado Restaurante Solaris, um recital com músicas natalinas. Populares e clássicas. Foram 26 belíssimas apresentações que contaram com a participação de alunos iniciantes e avançados. Logo após foi servido um delicioso jantar aos presentes que ficaram encantados com o que assistiram
BAIXA NATALIDADE I
Cada vez mais, em todo mundo, as pessoas optam por não ter filhos. Isso, no futuro, pode gerar uma crise mundial.
Grande parte dos países está começando a ter um índice negativo de reprodução. Isso significa que, conforme as pessoas vão envelhecendo, não haverá jovens para substitui-las nos trabalhos, principalmente os considerados pesados, por maior que for o avanço tecnológico. A afirmação é do psicólogo Júlio Cesar ‘Sobreviencialista’.
De acordo com o renomado psicólogo, o Japão, por exemplo, corre o risco de ser extinto em 100 anos porque hoje sua população não tem filhos. Ou seja: Não há continuidade.
BAIXA NATALIDADE II
Não interpreto a baixa natalidade como um problema. Penso que cada um decide o que é melhor para si. É questão pessoal que deve ser respeitada.
Se um casal não deseja ter filhos está no seu direito. Qual o problema? Qual a ilegalidade? Cada um cada um. Independentemente do que isso poderá acarretar no futuro da humanidade. Se é que acontecerá alguma coisa. Tenho certeza que há outros problemas intensamente mais gravosos que afetarão o planeta.
E o mesmo vale para aqueles que optaram em viver só. Não casaram, não têm filhos. Questão de escolha. E vivem bem. Principalmente os reservados. Solidão pode ser sinônimo de liberdade.
ISSO SIM É UM PROBLEMA
Preocupante mesmo, na minha opinião, é o aumento exorbitante da população mundial.
Conforme o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), já ultrapassamos, ainda no ano passado, oito bilhões de habitantes. Milhares vivem na extrema miserabilidade.
Inúmeros morrem de fome. E há tempos isso deixou de causar perplexidade, pois se tornou “comum”.
Inclusive uma publicação do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), da Organização das Nações Unidas (ONU), revela que 2,3 bilhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave.
AS DITAS PREVISÕES
Tudo bem que o ano ainda não terminou. Mas, entre tantas bestagens, previam que um asteroide atingiria a Terra em 2023. E muitos “renomados” abonaram essa hipótese.
E, como tradicionalmente ocorre nesta época, novas previsões vão acontecer. E sempre ganham destaque as catastróficas. Muitas pessoas acreditam e ficam abaladas. Tudo balela. Desde que me conheço por gente “o mundo já acabou mais de 20 vezes”.
Uma que outra até se concretiza. Entendo, porém, que é mera coincidência.
É BEM ASSIM
“Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco”. A frase é de Jean-Jacques Rousseau. O filósofo, teórico político, escritor e compositor genebrino foi perfeito em sua observação.
Isso é facilmente percebido. Além de ser impertinente, a pessoa que fala demasiadamente profere asneiras. Suas opiniões são subjetivas, sem nenhum embasamento. Os assuntos são entediantes e nada acrescentam. Na intenção de aparentar deter conhecimentos que não possui, torna-se enfadonha.
NÃO É POR AÍ
Alguns, mesmo não conhecendo determinadas pessoas, as desabonam por causa do tal do “ouvi dizer”. Outros, ao contrário, porém pela mesma razão, superestimam outras.
Em ambos os casos agem equivocadamente. Nem sempre o que nos relatam condiz com a veracidade.
FIQUE ATENTO
Os programas de TV por assinatura, principalmente os exibidos pelos canais jornalísticos, são riquíssimos ingredientes para nos mantermos bem informados.
Mas, preferencialmente, tem que assistir todos, pois cada uma tem seu editorial. Na verdade, o termo apropriado talvez seria “ideologia”.
Percebo que na questão política Band News e Jovem Pan, por exemplo, são opostas. Principalmente em relação aos comentaristas. E não precisa ter um grau perceptivo aguçado para chegar a essa conclusão.
É necessário ter inteligência suficiente para avaliar quem está mais próximo da verdade. E sempre ponderar com a razão e razoabilidade.
E isso também vale, embora em menor relevância, para outras situações.
MAIS DO QUE MERECIDO
O prefeito Wilson Trevisan sancionou o projeto de lei, de autoria dos vereadores Moacir Fiorini e Carlos Agostini, que denomina de Lions Clube São Miguel o nome da praça que fica na esquina da Avenida Salgado Filho com a Rua Guanabara, no Bairro Sagrado Coração de Jesus. Lei 8177/23.
Para o presidente do Lions, Roberto Merlo, isso é um reconhecimento do Legislativo e Executivo. Ele lembra que desde 2016 o Lions ‘adotou’ o local. Na sua avaliação, é um marco histórico. “O Lions Clube São Miguel tem 61 anos e agora dispõe de uma identificação num local onde as pessoas podem se reunir de maneira saudável”, comenta.
Merlo acrescenta que serão procedidas melhorias. Também serão instalados brinquedos e iluminação, com alimentação solar, visando preservar o meio-ambiente. Inclusive, ele aproveita para salientar que conservar o meio-ambiente faz parte das cinco metas globais do Lions Clube Internacional. As outras são diabetes, combate à fome, visão e câncer infantil. “O Lions Clube São Miguel trabalha, dentro das suas possibilidades, nessas cinco questões, além de tantas outras”, destaca.
Trata-se, no meu entender, de merecida homenagem a este tão eminente clube de serviço que, em seis décadas, muito auxiliou e auxilia à comunidade. Sobretudo os menos favorecidos. Parabenizo todos os vereadores, que aprovaram o projeto por unanimidade, e ao prefeito por sancioná-lo.
Na foto: Da esquerda para a direita: Rodrigo de Conto, Roberto Aurélio Merlo, vereador Carlos Agostini, Íris Camini, Abílio Simon, Sérgio Volpi, Eliane Rasche, Waldir Rasche, Maiquel Merlo, vereador Moacir Fiorini, Moacir Klein, Vera Bortoluzzi Thums
Na foto: Alguns integrantes do Lions São Miguel na praça
Na foto: A, agora, Praça Lions Clube São Miguel
FALTOU DIZER
Eu e minhas irmãs agradecemos a todos os profissionais do Lar Vovó Eva pela atenção, dedicação, carinho e afeto que dispensaram à nossa mãe, Wilma Marchi Brunetto, falecida no último dia 03, devido a debilitada saúde e sua complexidade, pois envolvia várias enfermidades, físicas e neurológicas, requerendo, desta forma, cuidados personalizados para anular sofrimentos evitáveis. Sempre foi assistida e amparada.
Recebeu todos os cuidados necessários, e isso, com certeza, foi fundamental para que não sentisse dores e outros desconfortos, e sua passagem ocorresse de uma forma totalmente serena, acompanhada por familiares.
Nós, os filhos, que a visitávamos diariamente, sempre fomos tratados com cordialidade e educação pela direção e demais funcionários. Também somos gratos por isso.
A propósito: Também agradecemos ao vereador Nini Scharnoski que, em sessão no Legislativo, registrou o falecimento.
38 ANOS DEPOIS
O Natal mais triste de minha vida foi o de 1985. É que meu pai morreu em dezembro daquele ano. À época tinha 13 anos de idade.
O deste ano será igual. Na verdade, até mais triste do que aquele vivenciado 38 anos atrás. É que minha mãe partiu deste mundo no mesmo mês. Mais precisamente no último dia 03.
Mas sei, pela experiência que tive com o falecimento do meu progenitor, que o tempo, aos poucos, a cada dia que passa, vai dissipando a dor.
A perda de alguém que amamos, principalmente no último mês do ano, quando ocorrem confraternizações, festas familiares, reencontros, faz com que as festividades não tenham o mesmo brilho e encanto como os de outrora.
MAS, ENFIM, FELIZ NATAL A TODOS
Que o Natal de todos seja harmonioso. Que as confraternizações entre as famílias sejam alegres e divertidas. Que o Papai Noel seja generoso. Que a revelação do amigo secreto crie expectativas e que todos fiquem satisfeitos com os presentes recebidos.
Que ninguém se decepcione que, neste ano, o Natal será num domingo e não num dia de semana (feriado). Que as felicitações sejam realmente sinceras. Que os abraços sejam apertados, principalmente entre os que estavam brigados. Que os brilhos das luzes natalinas acordem nossos brilhos adormecidos.
E que, principalmente, não nos esqueçamos o sentido desta data e reflitamos, com sinceridade, se nossas ações são condizentes com o que simboliza o Natal.
E COMO DISSE O ILUSTRE (o cafajeste)
O cara é mais parado que o saci quando está com câimbra.
HÁ DEZ ANOS
Duas migueloestinas estão muito bem em São Paulo. Uma é a Katrine Bonet Freitas. Há dois anos na capital paulista, atualmente trabalha num grande centro de estética. “Estou super feliz”, resume. E acrescenta: “Acho que minha felicidade mora aqui”. Outra da terrinha que também está por lá é a Diangele Fiedler Antunes. Ela administra uma franquia de implantes odontológicos em Jundiaí, na grande São Paulo. A cidade é a quinta com melhor qualidade de vida do Brasil.
“A realidade daqui, obviamente, é bem diferente, mas tudo é questão de adaptar-se. Só tenho a agradecer, pois a concretização de negócios aumenta a cada dia. Sinto-me plenamente realizada”, enfatiza.
PONTO FINAL
“A escuridão só fica durante à noite e madrugada. De manhã ela desaparece. A luz do dia é boa. Não será sempre cinza assim”. Parte da letra de ‘All Things Must Pass’ – George Harrison.