Passageiros de um cruzeiro de luxo, que trafega pela costa brasileira, foram diagnosticados com um surto de DDA (Doença Diarreica Aguda), após contaminação por nonovírus. O contágio foi comunicado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que realizou uma fiscalização a bordo da embarcação e informou, nessa quarta-feira (22), que monitora o estado de saúde dos pacientes.
Agentes do órgão foram até o navio, logo após os primeiros casos da doença, em 18 de janeiro. A embarcação, MSC Grandiosa, pertence à empresa MSC Cruzeiros, e possui 6.293 passageiros — 127 (2%) deles foram diagnosticados com a doença.
Anvisa aponta surto de diarreia em cruzerio de luxo
Conforme o item 3.1.3 do Guia Sanitário para Navios de Cruzeiros, é considerado surto quando há um aumento da ocorrência de casos de doença entre um grupo específico de pessoas. No caso de DDA, diagnosticada nos passageiros do cruzeiro de luxo, considera-se surto quando o número de contaminados atingir ou ultrapassar 2% do total de embarcados.
A equipe de saúde de bordo realizou testes em amostras clínicas, coletadas nos pacientes, e identificaram a presença de norovírus, mesmo agente infeccioso identificado, recentemente, em casos parecidos na Baixada Santista, no Litoral de São Paulo. O vírus é transmitido de pessoa para pessoa e por contato com superfícies contaminadas.
A equipe da Anvisa em Santos (SP), juntamente com agentes da Secretaria de Saúde do município, realizou uma investigação complementar a bordo do cruzeiro de luxo e coletou amostras adicionais em tripulantes para confirmar a presença do nonovírus. Também foram coletadas amostras de água e alimentos na embarcação.
Medidas de controle
Para evitar a proliferação dos casos de Doença Diarreica Aguda, os agentes da Anvisa orientaram o isolamento dos passageiros contaminados. Dentre os sintomas diagnosticados, estão evacuações frequentes e líquidas, vômitos, pele e boca secas e dificuldade em urinar.
Os passageiros que não foram contaminados pelo vírus foram orientados a higienizar frequentemente as mãos para evitar possíveis contaminações. A desinfecção de superfícies também foi recomendada à tripulação.
Segundo orientações do Ministério da Saúde e compartilhadas pela Agência com empresas do setor de navegação, o principal tratamento, para casos como estes, é a hidratação. A hospitalização de pacientes, geralmente, é rara.
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