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1,5 mil campos de futebol: desmatamento na Mata Atlântica de SC dobrou em 10 anos

Em nota, o IMA reforçou que o estudo não deixou claro se considerou áreas em que o desmatamento da vegetação nativa da Mata Atlântica foi licenciada pelos órgãos competentes

O desmatamento na Mata Atlântica que fica em Santa Catarina dobrou entre 2010 e 2020, apontou um estudo publicado na sexta-feira (14). Conforme a pesquisa, no período, a área desmatada passou de 569 hectares para 1.113, o equivalente a 1,5 mil campos de futebol.

O estudo foi publicado na revista Nature Sustainability sob o título Padrões alarmantes de perda de florestas maduras na Mata Atlântica brasileira (tradução livre). Pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), da Universidade de São Paulo e da Ong SOS Mata Atlântica realizaram uma revisão de dados a partir de imagens de satélites das regiões com Mata Atlântica no país, entre os anos de 2010 e 2020.

A Mata Atlântica é o único bioma existente em Santa Catarina. Segundo o MapBiomas, cerca de 45% do território catarinense está coberto por mata nativa, acima da média nacional, que é de 30%.

Conforme o levantamento, Santa Catarina concentrou 4% do total do desmatamento e, junto com o Paraná (12%), é responsável por 16% da perda de Mata Atlântica brasileira no período. Juntos, os estados da Bahia (26%) e de Minas Gerais (34%) são responsáveis por 50% da devastação.

Em Santa Catarina e no Paraná, a maior parte do desmatamento (94%) ocorreu em regiões de floresta ombrófila mista, conhecida como mata das araucárias. A vegetação foi seguida por regiões de colheita, vegetação secundária e pastos.

Esses pontos onde foi identificado o desmatamento da Mata Atlântica ocorreram principalmente em propriedades privadas. Pequenas propriedades foram responsáveis por 47%, enquanto médias por 28% e maiores por 25%.

O estudo informou que, nessas propriedades, o tamanho médio das áreas desmatadas foi de 5,34 hectares, e a área máxima perdida foi de 84,9 hectares, o equivalente a 118 campos de futebol.

IMA diz que estudo não considera desmatamento de vegetação nativa que foi permitida por órgãos ambientais
Em nota, o IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) reforçou que o estudo não deixou claro se considerou áreas em que a “supressão”, ou seja, o desmatamento da vegetação, foi licenciada pelos órgãos competentes.

“Essas autorizações podem incidir significativamente nos números de desmatamento, uma vez que a lei permite, sob determinadas condições e medidas compensatórias, a supressão de vegetação nativa”, diz o comunicado.

Segundo o órgão estadual, também é necessário verificar se a análise levou em conta a regeneração ocorrida nesse mesmo período. Em 2024, Santa Catarina foi apontada pelo Atlas da Mata Atlântica como o estado que mais reduziu o desmatamento entre 2022 e 2023. No período, a queda foi de 86%.

Conforme a nota, o IMA “tem investido cada vez mais em tecnologias de sensoriamento remoto e imagens de satélite para monitorar as alterações na cobertura florestal.”

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