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Quase 50% dos transplantes de órgãos no Brasil não acontece por recusa de familiares

O Brasil também permite a doação de órgãos em vida, principalmente rim e medula óssea, mas possui exigências legais e médicas específicas

Quase 50% dos transplantes de órgãos no Brasil não acontece por recusa de familiares
Foto: ilustrativa

Quase metade dos transplantes de órgãos de entes falecidos, é recusado pelas famílias brasileiras, o que compromete significativamente o número de procedimentos realizados no país. O alerta é do nefrologista Henrique Carrascossi, que também aponta a necessidade de ampliar a cultura da doação em vida.

Sistema de transplantes de órgãos

O Brasil possui um sistema de transplantes de órgãos, considerado eficiente, especialmente no que diz respeito à logística e à rede hospitalar pública. No entanto, a autorização familiar permanece como um dos principais gargalos.

“A maioria dos transplantes é feita a partir de doadores falecidos, mas eles só podem ocorrer com a autorização da família após a confirmação da morte encefálica”, explica Carrascossi.

Segundo o especialista, quase 50% das famílias se negam a autorizar a doação, reduzindo drasticamente o potencial de salvamento de vidas.

Doação em vida ainda é pouco explorada

Além dos transplantes de órgãos com doadores falecidos, o Brasil também permite a doação de órgãos em vida, principalmente rim e medula óssea. Nesse caso, há exigências legais e médicas específicas.

“A doação de rim em vida, geralmente ocorre entre familiares ou pessoas próximas, e pode ser autorizada judicialmente em casos excepcionais. Já a doação de medula exige um cadastro prévio em programas específicos, numa faixa etária determinada”, afirma o médico.

Desafios culturais e falta de informação dificultam avanços

Para o especialista, um dos principais obstáculos à expansão do número de doações é a desinformação e a falta de diálogo prévio entre os familiares.

“Se a pessoa deseja ser doadora após a morte, é fundamental que isso seja comunicado claramente à família. Sem essa conversa, a tendência é que os parentes recusem a autorização, muitas vezes por desconhecimento da vontade do ente querido”, alerta Carrascossi.

Campanhas e educação podem mudar o cenário

A conscientização da população é apontada como um dos caminhos para reverter os números. “Campanhas informativas, educação nas escolas e espaços de discussão sobre a importância da doação podem transformar esse cenário nos próximos anos”, acredita o nefrologista.

Brasil bateu recorde de 30 mil transplantes em 2024

Santa Catarina realizou cerca de 1,1 mil transplantes de órgãos em 2024 e ajudou o Brasil a bater o recorde de 30 mil cirurgias do tipo pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Entre os principais procedimentos realizados no estado no ano passado estão os de córnea (626), rim (294), fígado (131) e medula óssea (119), conforme balanço do Ministério da Saúde.

Em 2024, 55% das 4,9 mil famílias brasileiras entrevistadas autorizaram a doação de órgãos de seus entes. Já o número de doadores efetivos passou de 4 mil.

 
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