O Analista da Epagri considera que novas tarifas dos Estados Unidos não vão impactar a exportação de carne de Santa Catarina. Alexandre Giehl é Analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri. Natural de Itapiranga, ele é responsável pelo acompanhamento do mercado de carnes de Santa Catarina, além de atuar também na avaliação de políticas públicas direcionadas ao meio rural catarinense.
Giehl destaca que os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil e de Santa Catarina. China é o principal importador dos produtos. De acordo com o Analista, madeira e móveis, representam 80% das exportações do agro catarinense aos Estados Unidos. Este setor pode ter dificuldades com a taxação do governo de Donald Trump.
A tarifa elevada para entrada de produtos brasileiros nos Estados Unidos pode impactar alguns setores. O Analista da Epagri, Alexandre Giehl, menciona que o mel deve ter impacto negativo. No ano passado o produto movimentou US$ 11 milhões, sendo que 80% da venda foi para os Estados Unidos.
Segundo o Analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri, para alguns produtos a negociações e logística não são tão simples. De acordo com Alexandre Giehl, cada setor precisa se ajustar para buscar mercado alternativo. Segundo ele, algumas indústrias já estão anunciando redução no volume de produção, incluindo férias coletivas para funcionários.
Alexandre Giehl destaca que no caso do frango, apenas 0,03% das vendas de Santa Catarina são destinadas aos norte-americanos. Já da carne suína, 3,5% são destinados para Estados Unidos. O Analista menciona também que Santa Catarina tem um grande número de parceiros comerciais e consegue redirecionar para outros países.
Já em relação a carne bovina, o estado tem pouca exportação e quase nada para os Estados Unidos. Brasil tem grande volume de exportação de carne de gado e caso ocorra dificuldade para a venda, pode ocorrer aumento na oferta interna e com isso redução de preços para o produtor e para o consumidor.
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