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Consumo abusivo de álcool entre mulheres quase dobra em 17 anos no Brasil, aponta estudo

Pesquisa também expôs mudanças significativas nos hábitos de saúde dos brasileiros; saiba mais

Consumo abusivo de álcool entre mulheres quase dobra em 17 anos no Brasil, aponta estudo
Foto: Freepik

Em 2006, pouco mais de 7% das brasileiras declaravam beber de forma abusiva. 17 anos depois, em 2023, esse número quase dobrou e alcançou 15,2%, segundo um levantamento inédito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ACT Promoção da Saúde e Ministério da Saúde, publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia. Entre as jovens de 25 a 34 anos, o índice chegou a 22,2%.

Enquanto isso, entre os homens, o percentual foi mais alto, mas não mudou: cerca de 25% ao longo de todo o período. Pela definição da pesquisa, consumo abusivo significa ingerir quatro ou mais doses de álcool (mulheres) ou cinco ou mais (homens) em uma única ocasião, pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. Uma dose equivale a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou um shot de destilado.

Para Deborah Carvalho Malta, pesquisadora da Escola de Enfermagem da UFMG e autora do estudo, a tendência preocupa e exige respostas específicas.

“É preciso formular ações preventivas e educativas que dialoguem com os contextos sociais e culturais das mulheres”, defende.

Ela também aponta o papel das campanhas publicitárias voltadas ao público feminino como possível fator para esse aumento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas como limitar o marketing, restringir horários e locais de venda, proibir a comercialização para menores, fiscalizar eventos “open bar” e reforçar orientações sobre os riscos.

Mudanças nos hábitos alimentares

O levantamento analisou dados do Vigitel — inquérito telefônico nacional com mais de 800 mil entrevistas de adultos — e expôs mudanças significativas nos hábitos de saúde dos brasileiros.

O excesso de peso disparou: passou de 38,5% para 59,6% entre as mulheres e de 47,6% para 63,4% entre os homens. A obesidade, por sua vez, dobrou e hoje atinge cerca de um em cada quatro adultos. Casos de hipertensão e diabetes também cresceram nos dois sexos.

A alimentação saudável perdeu espaço. O consumo regular de feijão, marcador importante, caiu de 61% para 54,1% entre mulheres e de 73,7% para 63,8% entre homens. Já a ingestão de frutas e hortaliças segue estagnada em cerca de 20%.

Nem tudo piorou

O estudo também trouxe boas notícias. O tabagismo caiu pela metade no período, de 12,4% para 7,2% entre mulheres e de 19,3% para 11,7% entre homens. E mais brasileiros estão se movimentando: a prática de atividade física no lazer subiu de 22,1% para 36,2% no público feminino e de 39% para 45,8% no masculino.

Para os pesquisadores, o recado é claro: políticas públicas precisam enfrentar simultaneamente o aumento do álcool, do excesso de peso e das doenças crônicas, sem perder de vista os avanços já conquistados.

 SBT NEWS

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