Com aproximadamente 170 pessoas privadas de liberdade e uma média de três utilizações do banheiro por dia por pessoa, o presídio registra mais de 500 descargas diárias, quase todas abastecidas pela água reaproveitada, o que representa uma economia mensal de aproximadamente 92 mil litros de água.
A iniciativa surgiu durante um período de estiagem na cidade e se mostrou fundamental para a gestão eficiente dos recursos hídricos da unidade. “Nós temos dois sistemas de encanamento. Um sistema leva água tratada para os chuveiros e para o consumo, e o outro, abastecido pela água da chuva captada nos telhados da unidade e até em um barracão vizinho, alimenta as descargas dos banheiros e a limpeza externa,” explica o diretor do presídio, Marcelo Rodrigo Langaro.
As caixas de captação, que comportam cerca de 40 mil litros, enchem com as chuvas e acionam o sistema para usar essa água, reduzindo o consumo da rede pública. “Nas épocas de seca, quando o abastecimento de água é mais difícil, fazemos o reabastecimento dessas caixas com caminhões-pipa, usando água não potável, mas adequada para as descargas e limpeza,” acrescenta Langaro.
Além de reduzir custos operacionais, o projeto reforça o compromisso ambiental do presídio, diminuindo a pressão sobre o abastecimento público e promovendo o uso consciente dos recursos naturais em um ambiente desafiador.