Apesar de ainda não ter confirmações neste ano, o Extremo Oeste de Santa Catarina foi responsável por mais de 40% dos casos positivos de raiva bovina registrados no estado em 2023. O dado é da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), que alerta para os riscos da doença, tanto para os animais quanto para os seres humanos.
Segundo o médico veterinário da Cidasc na região, Lucas Kuiawa, entre 2019 e 2025 foram notificados 516 casos suspeitos de raiva bovina em todo o estado, dos quais 215 foram confirmados. Em 2023, foram 67 casos positivos 40% deles em municípios do Extremo Oeste.
Já em 2024, até o momento, Santa Catarina registrou 29 casos positivos da doença, com confirmações em propriedades rurais de Bandeirante, Belmonte e Descanso. No entanto, o Extremo Oeste ainda não teve confirmações este ano, embora haja investigações em andamento, como em São José do Cedro.
A raiva bovina é uma doença grave, com impacto direto na saúde animal e risco potencial à saúde humana. "É uma doença transmitida pelo morcego hematófago, conhecido como morcego-vampiro, que ataca os animais durante a noite", explica Kuiawa.
Além de combater e monitorar os morcegos transmissores, a Cidasc reforça a importância da vacinação dos rebanhos uma das principais formas de prevenção. Mesmo assim, segundo Kuiawa, a adesão à vacina ainda é baixa. “Poucos produtores vacinam os animais, e o acesso à vacina também é limitado nos comércios locais”, diz ele.
A Cidasc promove ações de conscientização e orienta produtores rurais sobre como proceder em casos suspeitos. Kuiawa destaca que, apesar de um avanço na conscientização, ainda há muitos casos subnotificados. "É fundamental que os criadores informem qualquer suspeita à Cidasc para que as medidas de controle possam ser tomadas a tempo."
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