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'Se for pra tirar a dor dois pais, me condenem', diz réu em interrogatório no júri da Kiss

Luciano Bonilha Leão foi o segundo a ser interrogado no julgamento do incêndio que provocou a morte de 242 pessoas

'Se for pra tirar a dor dois pais, me condenem', diz réu em interrogatório no júri da Kiss
Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

O auxiliar da Banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão, foi o segundo réu a ser interrogado no júri popular pelo incêndio na Boate Kiss. O interrogatório começou pouco depois das 9 horas da manhã desta quinta-feira (09), no Fórum de Porto Alegre, onde acontece o julgamento já há nove dias.

Luciano foi o responsável por acionar o artefato pirotécnico que iniciou o fogo na boate. Ele contou que a banda já havia feito ao menos nove shows utilizando pirotecnia, dois deles teriam ocorrido na Kiss.

"Tenho a consciência tranquila de que não foi o meu ato que causou essa tragédia e tirou a vida desses jovens. Mesmo sabendo que sou inocente, que sou uma vítima, para tirar a dor do pais eu estou pronto. Me condenem", disse.

Luciano se emocionou várias vezes ao dar detalhes de como conseguiu sair da boate no dia do incêndio. "Não conseguia respirar mais, pedia a Deus que me tirassem de lá. Me tiraram, mas caíram mais pessoas em cima de mim".

O auxiliar da banda respondeu apenas perguntas feitas pelo juiz Orlando Faccini Neto e o advogado de defesa. Neste momento, mostrou remédios que toma desde a tragédia. "Quem salvou minha vida foi um psiquiatra", afirmou, mostrando as caixas dos medicamentos.

O incêndio na Boate Kisse, em Santa Maria (RS), provocou a morte de 242 pessoas no dia 27 de janeiro de 2013. O julgamento do caso já dura nove dias, tornando-se o júri popular mais longo da história do Rio grande do Sul.

 

Na noite de quarta-feira (08), Elissandro Callegaro Spohr (Kiko, sócio da boate, foi o primeiro a depor. Os próximos interrogados são Mauro Londero Hoffmann e Marcelo de Jesus dos Santos, sócio da boate e vocalista da banda, respectivamente. Antes dos réus, 28 pessoas prestaram depoimento no plenário, entre testemunhas e vítimas.

Após o interrogatório dos quatro acusados, começarão os debates, ocasião em que acusação e defesas terão oportunidade de apresentar suas teses e argumentos aos jurados. O tempo total para essa fase do julgamento será de 9 horas, assim distribuídos:

. 2 horas e meia para MP e Assistente de Acusação (dividem o tempo)

. 2 horas e meia para as defesas dos réus (dividem o tempo)

. 2 horas de réplica para o MP/Assistente de Acusação (dividem o tempo)

. 2 horas de tréplica (dividem o tempo)

Ao fim dos debates, os jurados serão indagados se estão prontos para decidir. Eles passarão a uma sala privada para responder ao questionário. Os jurados decidem individualmente, em voto secreto, respondendo a perguntas formuladas pelo juiz, mediante o depósito de cédula em uma urna. A maioria prevalece. De volta ao plenário, o juiz anunciará o resultado e proferirá a sentença.

 

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