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SC se prepara com antídoto após alerta por casos de intoxicação por metanol no país

O país já registrou mais de 100 casos de suspeita de intoxicação, sendo 11 confirmados

SC se prepara com antídoto após alerta por casos de intoxicação por metanol no país
Foto: Divulgação, NSC Total

O Ministério da Saúde está em alerta devido aos casos de intoxicação por metanol confirmados no Brasil. O país já registrou mais de 100 casos de suspeita de intoxicação, sendo 11 confirmados. Até o momento, uma morte já foi confirmada, em São Paulo, e outras são investigadas.

Em Santa Catarina, a Polícia Científica possui um laboratório para analisar a substância nas bebidas. Além disso, o Procon de Santa Catarina vai fazer um treinamento específico para combater a comercialização de produtos falsificados. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) também realiza uma série de treinamentos para que empreendedores identifiquem bebidas falsificadas.

Por enquanto, não há caso suspeito de intoxicação por metanol em Santa Catarina. Porém, os casos registrados em todo o país acendem um alerta e preocupam quem deseja beber um drink. Os órgãos de fiscalização estão mobilizados para fiscalizar possíveis casos de adulteração em bebidas.

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina afirmou que está preparada para atender a população em casos suspeitos, e reforçou que por enquanto o Estado não registrou nenhum caso de intoxicação exógena relacionado ao metanol.

— Cabe ressaltar que Santa Catarina tem uma rede que está preparada para esses casos de intoxicação, inclusive com antídoto paratal. O governador Jorginho Melo convocou todas as áreas envolvidas, Procon, Polícia Civil, Secretaria de Saúde, todos que fazem parte desse ecossistema em possíveis casos de intoxicação, para que a nossa resposta seja o mais rápido possível caso isso ocorra — disse o secretário de Saúde de SC, Diogo Demarchi.

Indústrias de bebidas localizadas em Chapecó e Joinville foram alvo de uma ação de fiscalização na manhã desta sexta-feira (3). A ação desta sexta foi comandada pela Polícia Federal, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Além de Joinville e Chapecó, as fiscalizações ocorreram no interior de São Paulo, na região de Campinas, e em Minas Gerais, no município de Poços de Caldas.

Durante as diligências, foram coletadas amostras representativas dos produtos produzidos e armazenados, que serão encaminhadas a laboratórios para análise químico-sanitária. As verificações buscam identificar a conformidade dos insumos utilizados, a eventual presença de substâncias proibidas ou em concentrações acima dos limites legais, além de avaliar a rastreabilidade dos lotes e a responsabilidade pela fabricação ou manipulação.

Procon faz alerta para consumidores

O Procon de Santa Catarina emitiu um comunicado para que a população denuncie qualquer tipo de mal estar que seja fora do comum depois de consumir bebidas alcoólicas. Em novembro, os fiscais do Procon vão receber um treinamento específico para identificar produtos falsificados.

— Nós estaremos fazendo essa capacitação com todos os fiscais dos Procons municipais e também chamando os órgãos que atuam como o Secop, Polícia Civil, Polícia Científica e Inmetro. A gente pede que essa documentação ela fique separada, acessível, que haja o descarte desse vasilhame de uma forma consciente e é uma temática nova porque o descarte desse vasilhame ele pode estar já no mercado negro para estar revendendo esse vidro, esse litro e aproveitado para a falsificação — afirma a delegada Michele Alves, diretora do Procon/SC.

O perito criminal bioquímico Gustavo José explica que o metanol é um tipo de álcool que pode ser encontrado em algumas bebidas, mas em níveis baixos, sem causar nenhum risco. Problemas na fabricação podem fazer com que a quantidade dessa substância fique acima do normal, principalmente nos destilados.

— Durante o processo fermentativo, já é esperada uma produção residual de metanol. Mas dependendo do tipo de matéria-prima que você utiliza, isso pode favorecer uma quantidade maior de metanol. Numa fabricação de destilado, você tem um processo de destilação que deveria purificar o etanol e se livrar do metanol como rejeito. Então, uma falha em qualquer desses dois processos, na fermentação inadequada como no processo de destilação, poderia resultar em uma concentração mais alta de metanol no produto comercial final — explica.

Em um laboratório, a Polícia Científica de Santa Catarina consegue fazer uma análise pra identificar casos de intoxicação. O metanol não tem cheiro, cor ou gosto que facilite a identificação na bebida.

— É preciso fazer a coleta do sangue dessa pessoa, da urina, e enviar para a análise toxicológica de alcoolemia para quantificar se detectava o metanol no sangue da pessoa. Precisamos coletar as bebidas com suspeita de conter metanol para também fazer a quantificação e verificar se tem metanol na bebida — completa o perito.

 

 

NSC Total

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