São Miguel do Oeste -
Policial -
03/09/2025 06:48
A investigação apontou que o grupo circulou por mais de duas horas entre São Miguel do Oeste e Iraceminha com a vítima amordaçada no veículo
A Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de São Miguel do Oeste, com apoio de delegacias da região, concluiu há cerca de 15 dias o inquérito sobre o caso de sequestro seguido de perseguição policial e acidente de trânsito que terminou com duas mortes na BR-282, em Iraceminha. O episódio ganhou grande repercussão regional pelo caráter enigmático e pelas circunstâncias que chamaram a atenção da população.
O delegado Eric Rosada, responsável pela investigação, detalhou em entrevista os principais pontos apurados. Segundo ele, a vítima foi colocada no porta-malas do veículo, amordaçada e mantida por cerca de duas horas, enquanto os suspeitos circulavam por estradas do interior de São Miguel do Oeste e pela BR-282. A perseguição teve fim quando a Polícia Militar tentou abordar o veículo e o motorista perdeu o controle, resultando no acidente que provocou a morte da vítima e de uma das sequestradoras, que morreu carbonizada.
Uma das linhas de investigação foi a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que os suspeitos estavam no carro da vítima e havia indícios de tentativa de subtração de bens. No entanto, parte das provas se perdeu no incêndio do automóvel. “Não foi possível estabelecer de forma objetiva essa motivação, mas havia indícios de que eles poderiam querer ficar com o veículo. Também foram encontrados dinheiro e perfumes escondidos nas roupas de um dos suspeitos, o que reforça a suspeita de intenção de roubo”, explicou Rosada.
O inquérito também revelou que a vítima havia marcado um encontro com uma adolescente de 17 anos, que fazia parte do grupo. Após se encontrar com ela, outros três suspeitos se juntaram e renderam o homem, colocando-o no porta-malas. A adolescente alegou ter sido coagida pela vítima com vídeos íntimos, mas essa versão não pôde ser confirmada, já que os celulares com as conversas foram destruídos no incêndio e não havia testemunhas que pudessem confirmar ou negar a hipótese.
Com base nas provas disponíveis, a Polícia Civil concluiu que os envolvidos devem responder por homicídio doloso (com dolo eventual), sequestro e corrupção de menores. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que já ofereceu denúncia contra os suspeitos.
Marcos de Lima / Rádio 103 FM
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