O número de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) não para de subir em Santa Catarina, e em todo o Brasil. Um relatório da Fiocruz divulgado nesta sexta-feira (3) mostra que os casos causados pelo VSR (vírus sincicial respiratório) e por Influenza são altíssimos.
Os vírus, considerados altamente contagiosos, podem ser prevenidos com as vacinas contra a gripe. Atualmente, as doses remanescentes da vacina estarão liberadas para aplicação em toda a população acima dos 6 meses em Santa Catarina.
Internações por vírus altamente contagiante
Santa Catarina declarou emergência em saúde pública após o crescente número de casos de doenças respiratórias no estado. A medida foi oficializada no Diário Oficial de Santa Catarina na última segunda-feira (29).
Neste sábado (4), a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Santa Catarina já atingiu a marca de 94,40%.
As regiões mais críticas são a Foz do Rio Itajaí, que não possui nenhum leito disponível, e Grande Florianópolis, com apenas sete leitos disponíveis.
Apesar do número, segundo a SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), pacientes que estão em regiões que por ventura não tenham leitos disponíveis, podem ser transportados para outras regiões.
Boletim da Fiocruz mostra preocupação
De acordo com o último boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a maior circulação do VSR tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de SRAG nas crianças de até 2 anos no Brasil.
Outros vírus respiratórios que se mantêm com incidência alta na população infantil são Sars-CoV-2 (covid-19) e rinovírus. Entre os idosos, o número de mortes por SRAG continua mais elevado, com predomínio da covid-19.
Na análise por unidades federativas, 22 estad0s registram crescimento de casos de SRAG na tendência de longo prazo, inclusive Santa Catarina. São eles:
Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Em relação aos casos de SRAG por covid-19, o indicativo é de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Nas demais regiões, a tendência é de estabilidade em patamares relativamente baixos.
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