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Como lidar com a criança em momentos de crise?

Como lidar com a criança em momentos de crise?

Crianças expressando raiva, tristeza e medo, comportamentos agressivos, choro, falta de ar, sem causa física: estes têm sido os principais motivos da procura para atendimento psicológico em meu consultório no último ano. As crianças estão chamando a nossa atenção. Será que estamos oferecendo a atenção que elas necessitam? Por que elas estão assim? O que podemos fazer para ajudá-las nestes momentos de crise emocional? Atendi diversas famílias com estas queixas, de diferentes regiões do país e também brasileiros no exterior. Juntos, pudemos compreender algumas situações e encontrar formas de lidar que funcionaram para elas. Meu desejo é que estas reflexões a seguir possam ajudar você também.

Para compreender uma criança é necessário olhar para além do comportamento, considerar o contexto social e familiar em que elas estão inseridas. Completamos um ano nesta situação de pandemia que trouxe, dentre muitos impactos, a mudança na forma como nos relacionamos. Limitamos nosso contato social, a família assumiu diversos papéis da escola e esta, precisou reinventar o ensino. A criança estava ali, no meio disso, confiando que nós adultos sabíamos o que estávamos fazendo. Acontece que, nós também sentimos medo, tristeza, raiva, fazendo o possível para demonstrarmos coragem, alegria e calma. Passado este tempo, as crianças, sem as preocupações da vida adulta, começam a expressar tudo aquilo que nós, em algum momento, contivemos.

Algumas reações emocionais vem para expressar aquilo que as palavras não dão conta: da tristeza vem o choro; da raiva, o grito; do medo, o pânico. Muitos de nós aprendemos a reprimir estas reações e demonstrar o contrário do que estamos sentindo. Acontece que a criança é mais autêntica e sincera com as emoções. Está aqui uma ótima oportunidade de aprendermos junto com elas. Pude verificar que os sentimentos expressados pelas crianças, era muito semelhante ao que os adultos ao seu redor sentiam. Ocorre que estes, por sua vez, continham os sentimentos e agiam como se sentissem o oposto (alegria, calma e coragem, por exemplo). A consequência foi o aumento dos episódios de choro, grito e pânico nas crianças. O que podemos fazer então para lidar de uma forma saudável com estas crises?

A cada dia neste trabalho, percebo que, diante das emoções, faz muito mais sentido acolher do que reprimir e talvez aqui esteja o primeiro passo para lidarmos melhor com os momentos de crise das crianças. Vejamos então algumas atitudes que podemos exercitar no dia-a-dia:

  1. Perceber se você está realmente calmo(a) no momento que a criança precisa de ajuda. Se não estiver, pare por um instante, respire, concentre-se somente em sua respiração, tome água, encontre paciência primeiro em ti para depois acalmar o outro. Investir 2 minutos para se acalmar faz mais sentido que passar 20 minutos ampliando a irritação que já estava em ti;
  2. Abaixe-se na altura da criança, olhe em seus olhos e entregue a atenção que ela precisa. A conexão visual tem um impacto muito grande nestes momentos. O olhar comunica a emoção, logo, se a criança estiver em pânico e você calmo(a), ela poderá se acalmar com mais facilidade dessa forma;
  3. Falar não é a única forma de comunicar: quando estamos em crise, precisamos muito mais de um abraço ou de alguém por perto, do que de conselhos. Então simplesmente demonstre que está disponível naquele momento e que ela pode contar com você e espere ela se acalmar;
  4. Quando o choro, o grito e/ou o pânico passar, é a hora de conversar. Nessa hora, quem precisa falar mais é a criança. Então evite “sermões”, faça mais perguntas abertas do que afirmações: _ Como eu posso lhe ajudar filho(a)?; _ Você quer falar sobre o que aconteceu? Quando a criança fala primeiro, fica mais fácil compreendermos o que está acontecendo com ela, antes de tomarmos uma atitude diante da situação;
  5. Então, após ouvi-la, é o momento de refletirem JUNTOS(AS) sobre o que aconteceu para encontrar uma forma mais saudável de lidar com as emoções. Ex: se a criança quebrou algo durante a crise, é a hora de mostrar a ela o dano, perguntando o que pode ser feito para reparar e também o que pode ser feito em uma próxima vez para evitar que isso aconteça. Confie na criança, ela pode te surpreender com as respostas.

Estas foram algumas reflexões para auxiliar você que tem passado ou conhece alguém passando por situações semelhantes. Percebam que estas reflexões também se aplicam às relações entre adultos. Se de alguma forma este texto lhe ajudou e você conhece pessoas que precisam saber disso também, compartilhe. Eu e Leonice estaremos aqui, quinzenalmente falando de Psicologia e Relações Humanas. Também estamos à disposição para ajudar você nas redes sociais e no Espaço Cuidar do Ser. Desejo-lhes ótimas relações em seu dia-a-dia!

William Lima
Psicólogo
CRP-12/15479

 

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