A onda de ataques entre Irã e Israel atrai os olhos do mundo e gera preocupação desde a noite de quinta-feira, dia 12, quando Israel realizou um ataque contra o Irã. O bombardeio mirou infraestruturas nucleares do país, que nega o desenvolvimento de armas nucleares e diz que o uso da tecnologia atômica é para fins pacíficos, como a produção de energia.
O ataque de Israel matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, além de dois cientistas nucleares.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel iniciou uma guerra e que terá um "destino amargo". Na noite desta sexta-feira, dia 13, mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém foram lançados pelo Irã, com uma série de explosões na maior cidade israelense, onde ao menos 3 pessoas morreram. O Irã afirma que os ataques no território do país causaram ao menos 60 mortes.
Posicionamento do Brasil
A Embaixada de Israel em Brasília e o Consulado-Geral israelense em São Paulo foram fechados para o público nesta sexta-feira e não têm data de reabertura.
Em nota à imprensa, o governo brasileiro condenou a ofensiva aérea israelense contra o Irã e chamou de “clara violação à soberania desse país e ao direito internacional”. O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que acompanha a situação com “forte preocupação”
Já a Embaixada do Brasil em Tel Aviv emitiu um alerta consular com uma série de orientações à comunidade brasileira em Israel, baseada nas diretrizes do Comando de Segurança Interna (Home Front Command).
As recomendações vão desde evitar viagens aos dois países; seguir as indicações das autoridades (para brasileiros já no local); evitar se deslocar às áreas de fronteira; e acompanhar os canais de contato dos postos diplomáticos do Brasil em Israel.
Nota do Ministério das Relações Exteriores
O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional.
Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial.
O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades.
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