O arcebispo da arquidiocese de Chapecó, dom Odelir José Magri, recebeu no último domingo, dia 29, o pálio — insígnia litúrgica que simboliza a comunhão com o papa e a missão pastoral do arcebispo metropolitano. A entrega foi feita diretamente pelo papa Leão XIV, durante a solenidade dos Santos Pedro e Paulo, realizada no Vaticano.
Além de dom Odelir, outros 53 arcebispos do mundo todo foram contemplados com o pálio nesta celebração tradicional da Igreja Católica. Do Brasil, mais quatro arcebispos receberam o paramento: dom Ângelo Ademir Mezzari (Vitória – ES), dom Francisco Carlos Bach (Joinville – SC), dom Vítor Agnaldo de Menezes (Vitória da Conquista – BA) e dom Antônio Emídio Vilar (São José do Rio Preto – SP).
O que é o pálio?
O pálio — do latim pallium, que significa “manto” — é uma faixa de lã branca com cerca de cinco centímetros de largura, curvada sobre os ombros, com duas tiras pendentes e seis pequenas cruzes negras bordadas. Representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros e simboliza a autoridade e a responsabilidade do arcebispo em comunhão com a Santa Sé.
Tradicionalmente, o pálio é concedido aos arcebispos metropolitanos como sinal de unidade com o papa. Sua origem remonta ao início do cristianismo e foi oficializado como insígnia episcopal no século VI. A forma atual, em “Y”, passou a ser usada a partir do século IX.
Confecção do pálio
A lã usada na confecção dos pálios é retirada de dois cordeiros abençoados na festa de Santa Inês, em 21 de janeiro. Os animais são criados por monges da Abadia de Tre Fontane, e o tecido é tecido por freiras beneditinas do convento de Santa Cecília, em Trastevere. Após confeccionados, os pálios são guardados em uma urna especial junto ao túmulo de São Pedro, até serem entregues pelo papa.
A imposição do pálio é um dos gestos mais significativos do vínculo entre os arcebispos e o sucessor de Pedro. Para dom Odelir, o momento representa um reforço da missão evangelizadora no Oeste catarinense, em sintonia com a missão da Igreja no mundo.
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