DNIT nega paralisação das obras na BR-163 entre Guaraciaba e

DNIT nega paralisação das obras na BR-163 entre Guaraciaba e Dionísio Cerqueira e garante conclusão em 2025

A autarquia informou que as obras de adequação e restauração da rodovia já atingiram 92% de execução, com previsão orçamentária para a finalização do viaduto em Guaraciaba, apesar dos desafios orçamentários do PAC

Foto: Vigi Câmeras / WH Comunicações

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) desmentiu informações que circulavam nas redes sociais sobre uma possível paralisação das obras dos viadutos em Guaraciaba, na BR-163, por falta de recursos e dívidas com a empresa Torc Obras Rodoviárias.

A superintendência da autarquia em Santa Catarina afirmou que as obras de adequação de capacidade e restauração da BR-163/SC, no trecho entre Guaraciaba e Dionísio Cerqueira, seguem em andamento e já alcançaram 92% de execução.

Até o momento, foram investidos R$ 293 milhões na entrega de 45 quilômetros de novas pistas em pavimento rígido (concreto), além de terceiras faixas, vias marginais e acostamentos. A intervenção também contempla o acesso ao Porto Internacional de Cargas de Dionísio Cerqueira.

Foco na Finalização e Cronograma Mantido

Segundo o DNIT, os serviços estão concentrados agora na finalização do viaduto de Guaraciaba e das vias marginais no mesmo município. A previsão é concluir a obra ainda em 2025. A autarquia assegura que há previsão na dotação orçamentária para o andamento das etapas finais dos serviços.

As ações relacionadas às desapropriações foram tratadas conforme os trâmites legais e de forma compatível com o avanço da obra. O DNIT mantém o acompanhamento técnico e administrativo contínuo, visando assegurar as condições adequadas para a conclusão dos serviços dentro do cronograma estabelecido.

Contexto Orçamentário do PAC

Apesar da negativa de paralisação nas obras da BR-163, o texto original do DNIT não aborda a situação específica da empresa Torc Obras Rodoviárias mencionada nas informações que circularam nas redes sociais. No entanto, o cenário de restrições orçamentárias que afeta o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) é amplamente reconhecido.

Dados do Painel do Orçamento, do Ministério do Planejamento, indicam um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025, o maior em cinco anos, para cumprir o arcabouço fiscal. Esse bloqueio afeta diretamente as verbas ministeriais, incluindo as destinadas ao PAC. Maurício Muniz Barretto, secretário especial do PAC da Casa Civil, admitiu que, embora os bloqueios não impeçam pagamentos diretos, o ritmo dos investimentos é menor do que o planejado.

O cenário de restrições orçamentárias pode se agravar nos próximos anos, com preocupações sobre a capacidade de investimento e de pagamento de despesas básicas dos ministérios em 2026 e 2027.

Marcos de Lima / Rádio 103 FM