A OpenAI anunciou oficialmente nesta terça-feira, dia 21, o ChatGPT Atlas, seu primeiro navegador web completo. A plataforma coloca o assistente de inteligência artificial ChatGPT no centro da experiência de navegação e representa um movimento estratégico para disputar espaço com gigantes como o Google.
O Atlas já está disponível globalmente para usuários de macOS e será lançado em breve para Windows, iOS e Android. Ele combina as funções tradicionais de navegador — como abas, favoritos, navegação privada — com integração nativa do ChatGPT: há uma barra lateral “Ask ChatGPT” que permite ao usuário, em qualquer página, pedir resumos, análises ou ajuda para tarefas.
Um dos recursos mais avançados é o “modo Agente” (“Agent Mode”), que permite ao ChatGPT executar tarefas como clicar em links, preencher formulários ou comprar on-line em nome do usuário (por enquanto disponível para assinantes dos planos Plus, Pro ou Business).
Em termos de privacidade e dados, a OpenAI informa que os “memories” (histórico de navegação que o ChatGPT pode usar para personalizar a experiência) são gerenciáveis pelo usuário, ou seja, é possível decidir quais sites a IA pode ver, limpar histórico ou navegar no modo incógnito. Além disso, por padrão, o conteúdo visto não será usado para treinar os modelos de IA.
A iniciativa da OpenAI representa uma mudança de paradigma no ecossistema dos navegadores web. Em vez de apenas um módulo de «busca + links», o Atlas propõe que o navegador seja também um ambiente de interação inteligente: o usuário não precisa mais alternar entre navegador e chatbot ou copiar/colar textos — a IA já está embutida.
Para a OpenAI, lançar o próprio navegador significa ter uma plataforma proprietária para interagir com o usuário, coletar tráfego, potencialmente monetizar via assinaturas, serviços ou publicidade, e reduzir sua dependência de navegadores de terceiros (como o Chrome ou Edge).
Para quem navegar no Atlas, a promessa é de:
• Interação mais natural: formular perguntas em linguagem comum ao navegador e receber respostas/contextualizações diretamente.
• Menos fricção entre navegar e pedir ajuda da IA (o que antes exigia alternar aplicativos ou copiar/colar).
• Possibilidade de automatizar partes da rotina de navegação (como fazer compras, pesquisa, comparativos) — quem assina os planos mais robustos.
• Controle maior sobre o histórico, com opções explícitas de visibilidade da IA, além de modo incógnito/privado.
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