Um grupo de cinco governadores se reuniu no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, no final da tarde desta quinta-feira (30) para discutir a questão da segurança no Rio de Janeiro após a megaoperação que deixou mais de 120 mortos. As lideranças definiram a criação de um consórcio integrado para combate ao crime organizado, chamado de “Consórcio da Paz”.
Inicialmente, dez governadores tinham confirmado presença no encontro, segundo informações da GloboNews. Estiveram junto a Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, os governadores Jorginho Mello (PL-SC), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Eduardo Riedel (Progressistas-MT), além da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas-DF). Ainda, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), participou por videoconferência.
O tema central da discussão foi a preocupação com a segurança pública e a demonstração de apoio à situação vivida no Rio de Janeiro. A capital fluminense chegou a entrar em Estágio 2, com diversos pontos da cidade interditados, barricadas e trocas de tiros nas duas comunidades em que a operação foi realizada.
— Falamos de uma ideia de segurança pública. Foi muito bonito ouvir dos governadores a preocupação com o nosso povo, com aquele cidadão que sai para trabalhar às 5h da manhã e fica querendo garantir a segurança de sua esposa, de seus filhos — disse Castro.
O governador do Rio destacou que a transparência tem sido prioridade nas investigações e acompanhamento da situação. Ainda, explicou que o comitê deve ter sede no Rio de Janeiro e que em uma reunião futura será enviado convite para os governos de outros estados que queiram participar.
— A criação no âmbito dos estados do ‘Consórcio da Paz’. Faremos um consórcio entre estados, no modelo de outros que existem, para que possamos dividir experiências, soluções e ações do combate ao crime organizado e da libertação do nosso povo. Para que possamos compartilhar ajudas, para que possamos, nesse consórcio, discutir estratégias — destacou o governador do Rio de Janeiro.
A proposta é que o consórcio possa “dividir e somar”, dividindo os aprendizados e somando práticas que possam ser replicadas e integradas. O nome “Consórcio da Paz” foi sugerido pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, que integrou a reunião conjunta nesta quinta.
Jorginho defende a autonomia dos estados para lidar com a questão da segurança, com suporte financeiro da União, e se colocou à disposição para prestar apoio ao Rio de Janeiro.
— A União quer centralizar e igualar a resposta ao crime em um país desigual. Santa Catarina é o Estado mais seguro do país e tem uma realidade diferente, assim como cada Estado. O que precisamos do Governo Federal é um controle de fronteiras reforçado e recursos para equipar nossas forças de segurança — declarou.
Os governadores devem buscar uma legislação mais forte contra facções, como a tipificação de terrorismo e o avanço contra o patrimônio financeiro do crime. Jorginho menciona preocupação com a expansão e migração do crime.
— A união de forças aqui no Rio de Janeiro é para que ele não se espalhe cada vez mais. O crime é contagioso — disse Jorginho.
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