Um homem foi preso nesta segunda-feira (1º) suspeito de incitar o filho a matar a própria mãe. O caso veio à tona após uma falsa denúncia feita pelo pai de que a criança corria perigo com a genitora. O inquérito revelou uma trama de mentiras para fazer a polícia acreditar que a mulher, moradora de Gaspar, tinha envolvimento com atividades criminosas. O enredo era para conseguir a guarda do pequeno.
A investigação começou em junho de 2025, quando o homem, na época morador de Ilhota, foi à delegacia com uma foto. Na imagem, a criança aparecia com uma munição de fuzil. O pai disse que o filho estaria tendo acesso a munições, drogas e armas na casa da mãe. Mas, com o avançar do inquérito, a polícia descobriu que a foto foi feita na casa do homem e, inclusive, com o celular dele.
Não fosse o bastante, o homem ainda teria constrangido o filho a colocar a munição na residência da mãe para incriminá-la. O objetivo era claro, segundo a Polícia Civil: após o registro falso da ocorrência, os agentes cumpririam uma ordem de busca e apreensão na casa da mulher e encontrariam as munições. Com uma eventual prisão da genitora, ele ficaria com a guarda do menino.
A criança foi ouvida por uma psicóloga durante a investigação. Para preservar o garoto, a polícia não divulgou a idade do menino nem detalhes de como o pai teria o incitado a matar a mulher. Durante a investigação, o homem deixou Santa Catarina e foi morar no município de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva expedido pelo Poder Judiciário de Gaspar.
Ele foi indiciado por denunciação caluniosa, perseguição, fraude processual, posse ilegal de munição de uso restrito, porte ilegal de munição de uso restrito e corrupção de menores.
NSC