Os leilões públicos de compra ou de remoção de estoque de milho realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverão iniciar em setembro, de maneira parcelada e em diversas regiões mais próximas dos polos de entrega definidos pela Companhia. Já tramita no Governo Federal a proposta de aquisição de até 110 mil toneladas, suficientes para atender a demanda do Programa de Venda em Balcão (ProVB) até o final de 2021. O programa beneficia pequenos criadores de animais, inclusive os aquicultores.
Capacitações gratuitas
A lista de cursos de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS) do mês de setembro já está disponível no site do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Santa Catarina (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (FAESC). São mais de 340 capacitações gratuitas em diversos municípios de todas as regiões. A iniciativa tem por objetivo auxiliar no desenvolvimento da produção de alimentos de forma sustentável e promover avanços sociais no campo.
Cultivo da Cebola em SC
O Estado de Santa Catarina é o maior produtor nacional de cebola, respondendo por mais de 25% do volume colhido no Brasil. E para manter a liderança, os agricultores catarinenses contam com materiais de alta qualidade: são os cultivares desenvolvidos pelas pesquisas da Epagri. Hoje, a cebola mais plantada pelos produtores catarinenses é a SCS373 Valessul, lançada pela Empresa em 2017. Estima-se que, na safra atual (2021/22), ela ocupe cerca de 7 mil hectares no país - mais de 90% desse total em terras catarinenses.
O segredo da cebola Valessul é juntar as vantagens de duas sucessoras que eram as mais plantadas até a chegada dela: a Bola Precoce e a Crioula Alto Vale. Cebolas de ciclo precoce (ou seja, que produzem mais cedo) são historicamente as mais cultivadas pelos agricultores catarinenses. E a casca vermelho-amarronzada, que vem da Crioula Alto Vale, é atrativa para comerciantes e consumidores.
Preocupação no Setor Moveleiro
Grande polo moveleiro, Santa Catarina vem reduzindo as áreas destinadas ao reflorestamento, e a falta de matéria prima já preocupa o setor industrial. As terras, que antes eram ocupadas com pinus ou eucalipto, agora são destinadas ao cultivo de culturas como a soja, milho e pastagem, e em cinco anos o estado teve uma redução de 72,3 mil hectares na área de silvicultura. Esse foi o tema da reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Florestal, que contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, e do presidente da FIESC, Mario Aguiar.
Durante a reunião ficou acordado que os membros da Câmara irão elaborar um documento com sugestões de políticas e medidas que podem ser adotadas para melhorar a competitividade do setor produtivo em Santa Catarina.
Referência em Exportações
Santa Catarina é o maior produtor e exportador de madeira serrada do Brasil e o quinto maior estado com base florestal plantada. Em 2020, os produtos florestais responderam por 18,7% do total de exportações do Estado, com US$ 1,52 bilhão de faturamento. A indústria florestal catarinense gera cerca de 90 mil empregos diretos e conta com 16 mil produtores de pinus. Um levantamento contratado pela Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e desenvolvido pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc-CAV), identificou que a área total com florestas plantadas no estado é de 828,9 mil hectares. Desta totalidade 553,6 mil hectares (67%) são área com pinus; e 275,3 mil hectares (cerca de 33%) estão ocupados com eucaliptos.
Fonte: CLICRDC