O diabetes é uma doença em que há aumento da glicose (açúcar) no sangue. Quando nos alimentamos, é normal a quantidade de glicose no sangue aumentar. Essa glicose se transforma em energia para o funcionamento do corpo, graças à ação da insulina, que é produzida no organismo por um órgão chamado pâncreas.
O Brasil tem cerca de 15 milhões de pessoas diabéticas. O país está entre os cinco primeiros da América do Sul e Central com os maiores índices de diabéticos entre 20 e 79 anos.
O diabetes ocorre quando o pâncreas produz pouca insulina ou quando existem problemas para o funcionamento dela. Se não for tratado, a quantidade de glicose no sangue começa a aumentar, atingindo níveis acima do normal. A quantidade de glicose no sangue é chamada de glicemia. A glicemia normal varia de 70 a 100 mg de glicose para cada 100 ml de sangue (70 a 100 mg/dl).
O diabetes pode prejudicar a circulação do sangue e o funcionamento dos nervos. Se não é bem controlado, causa excesso de glicose no sangue, que chamamos de hiperglicemia. A hiperglicemia causa alterações nos vasos sanguíneos gerando problemas principalmente nos rins, na visão, no coração, no cérebro e na sensibilidade dos pés, podendo causar infarto, AVC (derrame), cegueira, insuficiência renal e necessidade de hemodiálise, amputação de membros.
Os tipos mais comuns de diabetes são:
Diabetes tipo 1(DM 1): também chamado de diabetes juvenil, pois se manifesta na infância ou no início da juventude. A falta de insulina no organismo é grande, obrigando a pessoa a aplicar doses diárias de insulina.
Diabetes tipo 2(DM 2): Surge em qualquer fase da idade adulta, geralmente por volta dos 40 anos. O tratamento pode exigir aplicações de insulina ou medicações via oral.
No DM2, os primeiros sinais e sintomas podem ser leves e passar despercebidos. Algumas pessoas podem ter a doença de forma quase silenciosa por vários anos, vindo apenas a descobri-la de forma acidental através de exames de sangue solicitados por qualquer outro motivo. Quem nunca faz exames pode acabar descobrindo a doença muito mais tarde, quando já existem sintomas graves provocados por lesão de órgãos, como olhos, rins, nervos, coração ou pele.
O DM1, por sua vez, costuma ter sintomas iniciais mais graves e de fácil reconhecimento, motivo pelo qual a doença costuma ser identificada precocemente, antes que existam lesões de órgãos.
Os 10 sinais e sintomas precoces mais comuns do diabetes são:
- Poliúria (urinar a toda hora).
- Polidipsia (excessiva sensação de sede).
- Cansaço e falta de energia.
- Perda de peso.
- Polifagia ou hiperfagia (fome frequente).
- Visão embaçada.
- Cicatrização lenta.
- Infecções frequentes.
Os pontos principais do tratamento são:
*Alimentação evitando doces, açúcar, bebidas alcoólicas, massas, farináceos (em especial farinha branca) frituras e gorduras;
*Atividade física pois baixa o nível de açúcar no sangue, diminui a necessidade de insulina ou comprimidos; reduz os níveis de gordura no sangue; evita doenças do coração; controla a pressão arterial e o peso; aumenta a sensação de bem-estar e reduz o estresse.;
*Medicação indicada para cada caso e prescrita pelo seu médico;
*Monitorização dos níveis de açúcar no sangue com exames periódicos.
Apesar de ser uma doença crônica, progressiva e não ter cura, o diabetes pode ser controlado fazendo com que o paciente tenha uma vida normal e de qualidade.
Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste
Flavia Barcelos Martins - Médica - Clínico Geral - CRM/SC 10257
Diretora técnica - Katia Bugs – médica - CRM 10375 – Nefrologista - RQE 5333
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