Alta do PIB
Nesta segunda-feira (19) o Ministério da Fazenda por meio da SPE (Secretaria de Política Econômica) revisou a projeção de crescimento da economia, ou seja, do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, que passou a ser de 3,2% ante os 2,5% projetado anteriormente. Estes dados mostram o bom desempenho da economia e o recorde da safra agrícola. Para 2024, o governo manteve sua projeção de crescimento do PIB em 2,3%.
No tocante a inflação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra que será de 4,85%, ou seja, se manteve inalterado. Este percentual é acima do intervalo da meta, que é de 3,25%, que admite um, com margem de 1,5%. O reajuste nos preços de combustíveis, que impulsiona a inflação, vem sendo compensado por uma pressão menor sobre preços de alimentos e serviços.
Houve ajustes da previsão de IPCA de 3,3% para 3,4% em função de mudanças no cenário de câmbio e preços de commodities.
Desaceleração
O Ministério da Fazenda projeta uma desaceleração da atividade econômica no curto prazo. Destaca-se que no acumulado dos últimos 4 trimestres, o crescimento do PIB deve encolher de 3,2% para 2,9%, influenciado pela queda nas expectativas em relação aos setores de serviços e indústria. Estes devem encolher de 3,3% para 2,6% e de 2,2% para 1,7%, respectivamente, no 3º trimestre deste ano, em relação aos 4 anteriores.
Já o setor agropecuário, quase sempre ele, deve apresentar uma aceleração de 12,4% contra 11,2%, isto é, um aumento de 1,2% no 3º trimestre deste ano, muito reflexo do aumento da colheita do algodão, cana-de-açúcar e milho.
Esta semana acontece saem as decisões de política monetária tanto dos Estados Unidos quanto do COPOM (Comitê de Política Monetária) no Brasil, no qual vai definir o índice da Selic na próxima reunião.
Genial Investimentos
Ontem, terça-feira (19), a Quaest contratada pela Genial Investimentos divulgou uma pesquisa sobre a avaliação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a expectativa para a economia do país pioraram neste mês para o mercado financeiro.
Segundo a pesquisa, os que avaliam o trabalho de Haddad como positivo somaram 46% ante os 65% de julho, ao passo que os que vêem a atuação dele como negativa subiu de 11% para 23%. Já a avaliação regular sobre o trabalho do ministro subiu de 24% para 31%.
A política econômica do país está indo na direção errada conforme 72% dos entrevistados contra 53% na pesquisa anterior ao passo que 28% afirmaram que a política econômica está na direção certa contra os 47% de julho.
Ainda de acordo com a pesquisa o principal problema que dificulta a melhora da economia é a falta de uma política fiscal que funcione segundo 57% dos participantes da entrevista ante 45% em julho.
Para estas pessoas, 22% responsabilizam interesses eleitorais contra 19%, os que culpam a baixa escolaridade e produtividade da população representam 15% ante 21%. E 6% colocam a elevada taxa de juros como responsável contra 11% no mês de julho.
Por Frederico S. Damasceno