Eleição Argentina
E nossos Hermanos tem um novo presidente eleito, que venceu o ministro atual da economia, Sérgio Massa com uma diferença de aproximadamente 11 pontos percentuais neste domingo (19).
Assim, o desafio de Javier Milei, o novo presidente, será enorme, visto que o país apresenta uma das piores crises econômica da sua história com uma inflação acumulada em 12 meses que alcançou 142,7% no mês passado, quando o aumento dos preços, sozinho, ficou em 8,3%.
A inflação acumulada durante 2023 ficou em 120% ao fim do mês anterior, acima do registrado no ano de 2022. Neste mesmo ano, o acumulado da alta nos preços fechou em 94,8%.
Ruptura
O drama da inflação tem sido crônico na Argentina, mas, nos últimos anos, o índice de preços para o consumidor explodiu e alcançou o posto de um dos mais altos do mundo.
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Assim, Milei, venceu com a promessa de privatizar bastantes empresas estatais e reduzir o tamanho do Estado na Economia, o corte dos atuais 18 ministérios para apenas 8, extinguindo pastas como Cultura, Mulheres e Ciência e Tecnologia, dolarizar a economia, cortar as relações comerciais com o Brasil e China, por considerá-los “comunistas”, bem como a promessa mais difícil de ser realizada, que é extinguir o Banco Central.
Em relação aos seus principais parceiros, Brasil e China, deve se pontuar que: a Argentina aparece como o maior exportador do Brasil no período de janeiro a outubro deste ano, sobretudo nos produtos como soja; acessórios de veículos automotivos; automóveis de passageiros; energia elétrica; e minério de ferro ao passo que as importações foram de automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais; automóveis de passageiros; petróleo ou trigo.
Brasil e China
Já o gigante asiático é o 2º parceiro comercial da Argentina, depois do Brasil. Em 2022, de acordo com CEBC (Conselho Empresarial Brasil China), o montante destinado por Pequim ao país sul-americano somou US$ 1,34 bilhão. O país da Ásia é o principal fornecedor argentino, sendo responsável por 21,5% das importações.
Provavelmente, esta relação comercial com o nosso vizinho não será desfeita para o bem do Brasil e principalmente da Argentina, pois uma coisa é o palanque e outra é a dura realidade das relações diplomáticas e comerciais.
Inflação e Dívidas
Destaca-se que o novo presidente terá o desafio de baixar a inflação e reduzir a dívida, porém não contará com maioria no Congresso. Sendo assim, Milei será obrigado a negociar não só com aliados, mas até mesmo com a oposição. Vale ressaltar que ele venceu a eleição prometendo ir contra o sistema vigente e não ter relações políticas com quem não compactuasse com seus ideais. O peronismo, certamente, na oposição deverá criar obstáculos para o novo presidente com seu poder de mobilização em parte da sociedade argentina
Vamos ver como a relação entre o novo presidente e a Argentina com o Brasil irá se comportar nos próximos meses após a posse do economista e presidente eleito Javier Milei.
Por Fred Santos