Os vereadores de São Miguel do Oeste aprovaram na quinta-feira (10) o Projeto de Lei 65/2025, de autoria de Andréia Rebelato (PSD), que denomina de Paulina Fracasso Cuccarolo a praça municipal localizada na Rua Afonso Pena, no Bairro Santa Rita. O projeto foi aprovado em segundo turno e seguirá para sanção do prefeito.
Confira o histórico da homenageada:
Paulina Fracasso Cuccarolo nasceu em Caxias do Sul – RS em 31 de dezembro de 1927, e lá residiu até 1948. Ainda solteira, se mudou para a então Vila Oeste, onde morou com seu irmão Hermogenes, sócio do primeiro comércio da Vila.
Paulina recebeu convite de Padre Aurélio Canzi para trabalhar como enfermeira, auxiliando o recém-chegado Dr. Resende, pois houve uma epidemia de tifo acometendo grande parte da comunidade. Trabalhou vários meses, mas com a doença e falecimento de seu pai, Paulina retornou a Caxias do Sul. Lá conheceu Plínio Cuccarolo, com quem se casou em 29 de setembro de 1951, Dia de São Miguel Arcanjo.
Como Paulina gostou muito da estadia que teve na Vila Oeste, o casal veio residir no município em 1953, ele trabalhando como marceneiro e ela como enfermeira, e no tempo livre trabalhando como manicure e cabeleireira.
Em 1956 mudou-se para a então Linha Santa Rita, hoje Bairro Santa Rita, onde o casal foi trabalhar como comerciante. Na época o negócio ficou conhecido como a Bodega da Paulina.
Paulina e Plínio tiveram cinco filhos: Maria Luiza, Carlos Antonio, Aurita, Paulo Roberto e Sandra. Paulina era muito ativa na comunidade e era uma líder natural, chamada carinhosamente de “prefeita e delegada de Santa Rita”, título dado pelo Padre Aurélio.
Era mãe, esposa, amiga, apaziguadora, conselheira, enfermeira, catequista, rezava o terço aos domingos. Sempre foi uma defensora de tudo que fosse bom para a comunidade, reivindicando junto ao poder público. Envolveu-se e participou de entidades como igreja, escola, esporte, grupo de jovens, clube de mães, grupo de idosos, neste sendo associada fundadora.
Acometida com a doença de Parkinson, com a qual conviveu durante 28 anos, lutou pela vinda do posto de saúde, participou de pastorais e pela instalação da creche no bairro, pois via a necessidade das mães que trabalham terem um lugar para deixar seus filhos.
Mesmo com todas as limitações que a doença trazia, ela não deixava de participar e quando perguntavam como estava, ela respondia: “Eu estou viva!”.
Paulina Fracasso Cuccarolo faleceu em 2 de julho de 2007.