O Programa de Acolhimento ao Migrante, criado pelo Governo do Estado, tem foco em auxiliar os estrangeiros em sala de aula. A escola São Vicente, a maior de Itapiranga, já possui 155 alunos estrangeiros, em torno de 25% do total de pouco mais de 600 estudantes. Todas as turmas possuem alunos estrangeiros. Conforme a Diretora do educandário, Karine Stumpf, faltando 40 dias para acabar o ano letivo a escola segue recebendo mais estrangeiros.
O projeto ocorre no contraturno, duas vezes por semana, com foco em ensinar o som das palavras. São duas turmas no Programa de Acolhimento ao Migrante. A Diretora destaca que a escola atende alunos do sexto ao nono ano e ensino médio. “As empresas seguem contratando mão de obra de estrangeiros e os filhos chegam para estudar” cita.
A situação de alunos estrangeiros exige atenção especial para acelerar o aprendizado. Nas escolas municipais as crianças chegam em condição de analfabetismo. Conforme a Diretora da Escola São Vicente, Karine Stumpf, o cenário é semelhante nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio na rede estadual.
A dificuldade com a língua portuguesa é um problema que exige empenho dos alunos e envolvimento dos familiares. “Em todas as séries os alunos enfrentam dificuldade de aprendizagem” comenta. Eles passam por uma triagem para constatar o grau de carência e estabelecer as medidas para acelerar o conhecimento da língua portuguesa e na sequência os demais conteúdos curriculares.
A base muito fraca apresentada por alunos estrangeiros pode resultar em reprovação. “A reprovação não deve ser tratada como punição” cita. Mas explica que os estão preparados para avençar a próxima etapa.
Para ela, o aprendizado do aluno depende muito do interesse das famílias em contribuírem para os filhos frequentar o programa de reforço no contraturno. É fundamental manter o empenho no acolhimento e proporcionar condições para uma rápida evolução.
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